Realizada no ar, a modalidade usa balanço, bambolê e tecido
para auxiliar – ou dificultar – os exercícios de uma forma bem divertida.
Uma
nova modalidade vem ganhando espaço nos estúdios de pilates: o suspensus.
Criado no Brasil, ele utiliza cinco plataformas aéreas para deixar os
exercícios ainda mais desafiadores – ou para auxiliar a recuperação de quem
sofreu alguma lesão. “Misturamos os princípios do pilates,
circo, balé, fisioterapia e funcional para conseguir atingir a musculatura
mais profunda e, ao mesmo tempo, alinhar o corpo”, explica Vanessa Alves,
fisioterapeuta e idealizadora da metodologia.
Como todos os movimentos podem ser adaptados, o suspensus
está liberado para qualquer pessoa – crianças, gestantes e idosos.
“Se o objetivo for emagrecimento, também dá para fazer um circuito mais intenso
que acelera a frequência cardíaca e gasta mais calorias”, diz Vanessa.
Conheça, abaixo, os aparelhos (três deles, exclusivos da modalidade) usados durante
a aula e seus benefícios.
Air Mat
Em uma plataforma quadrada, os abdominais e agachamentos
ficam bem mais difíceis. “Mesmo sem fazer um exercício específico para
o core, você precisa recrutá-lo o tempo todo para manter o equilíbrio.”
Não dá para roubar!
Aluna fazendo abdominal
inferior sobre o Air Mat (Divulgação/Suspensus).
Columpio
Columpio
O tecido criado por monges budistas há séculos se
transformou no queridinho das alunas (principalmente por causa
das invertidas , que dão ótimas fotos). “Ele pode servir como apoio
para você corrigir a execução de um exercício que não consegue fazer sozinha,
como um afundo simétrico”, explica Vanessa. Já para as mais
avançadas, a instabilidade se torna um grande desafio. “Algumas alunas até
falam que, depois da aula, estão sentindo músculos que eram, até então,
desconhecidos [risos].” O medo de altura também é superado
de uma forma bem lúdica.

Lira
O
bambolê de circo deixa de ser um acessório acrobático e ganha uma
função mais com a cara do pilates, com o objetivo de fortalecer e melhorar
a postura. “Ele começa a se mover assim que você senta nele, o que faz com que
pequenos movimentos se transformem em grandes desafios.”
PowerBalance
Parece
brincadeira de criança, mas não é. Os exercícios feitos em cima do balanço (ou
embaixo, quando ele é usado como um trapézio de circo) exigem bastante
resistência muscular.
PowerCord
A
fita suspensa (também conhecida como TRX) ganhou um novo status de
dificuldade: presa a duas roldanas, ela é mais instável, o que obrigada você a
usar mais força para realizar os movimentos – como uma prancha ou uma
remada – de uma forma bem controlada.
Praticante fazendo prancha no PowerCord (Divulgação/Suspensus).
“Há dois anos, fiz
pilates quando lesionei meu ombro. Confesso que, apesar de ter resolvido minha
dor, não me identifiquei tanto com a modalidade, que é mais pacata do que os
treinos intensos de funcional aos quais estou acostumada. Achei que com o
suspensus seria a mesma coisa. De jeito nenhum! A Vanessa montou um circuito
bem power de uma hora que, além de acelerar minha frequência cardíaca, exigiu
cada musculatura do meu corpo (até a mais profunda!).
Eu,
que faço vinte burpees seguidos, não consegui realizar alguns dos
exercícios – e tive dificuldade em tantos outros. É como se eu tivesse que
acionar áreas que não estavam conectadas com meu cérebro: não tive força, por
exemplo, para estabilizar o abdominal canivete em cima do balanço.
Mas sabe o que é muito legal? Você consegue perceber, claramente, sua evolução
durante a aula – o que parecia inatingível no começo, acaba sendo possível
depois de algumas tentativas. E, assim como no pilates, a Vanessa corrigia a
todo momento minha postura (o que é ótimo para uma jornalista que passa oito
horas ou mais à frente do computador). Ainda fechamos com chave de ouro:
fizemos algumas invertidas no tecido colorido, o que foi muito
divertido.” Daniela Bernardi, editora de fitness.
Por: Daniela
Bernardi
Fonte: http://boaforma.abril.com.br
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